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Você conhece os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e suas implicações no setor de energia?

19/08/2020

Em 2015, na sede da ONU, por ocasião da reunião da Cúpula das Nações Unidas, foi acordada por todos os países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável (Agenda 2030), reconhecendo a importância de ações que atendam a uma gama de necessidades sociais, econômicas e ambientais, totalizando 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Esses objetivos vieram para determinar o curso global de iniciativas para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o meio ambiente e combater as mudanças climáticas.

Todos os ODS podem e devem ser perseguidos em toda e qualquer iniciativa, mas listamos abaixo aqueles que tem relação mais direta com o setor de energia:

  • Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos.
  • Aumentar a participação de energias renováveis na matriz energética global.
  • Dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética.
  • Reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e tecnologias de energia limpa.
  • Expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento.
  • Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.
  • Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
  • Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
  • Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, uso eficiente dos recursos naturais e racionalizar subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis.
  • Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.

Atingir com sucesso cada ODS depende apenas da vontade e execução de cada pessoa com poder de decisão, seja da iniciativa privada ou setor público. Um dos caminhos é pelo consumo consciente de energia, tanto reduzindo o consumo por meio de medidas de eficiência energética como consumindo energia de fontes renováveis (via mercado livre ou certificados verdes e créditos de carbono).

A Dínamo Energia, uma empresa preocupada com o seu meio, oferece soluções que permitem às empresas participar desse processo de desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que se tornam mais competitivas. Para saber mais, entre em contato conosco.

João Bortotti – Sócio da Dínamo Energia

Marcelo Gregol – Sócio da Dínamo Energia

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A migração para o mercado livre de energia – Vale a pena ou não vale a pena?

24/07/2020

Sempre o primeiro contato com a pessoa que não conhece a realidade desse mercado de energia gera desconfiança, o que é normal. Afinal, quem bate à sua porta lhe oferecendo 30% de desconto em algo que você sequer conhecia?

Bom, é isso mesmo!

Então, vale a pena migrar para o Mercado Livre?

Essa resposta vai depender de vários fatores, mas com certeza vale, se você superar a desconfiança e as barreiras da mudança para esse mercado.

Além de um grande abatimento no valor da conta de energia paga mensalmente, existem outros atrativos para quem resolve migrar para o mercado livre – mas, antes de falar disso, vamos conhecer um pouco sobre nosso setor de energia.

No Brasil, existem dois ambientes de contratação de energia elétrica, o ambiente regulado, conhecido como ACR e o ambiente livre, o ACL.

O ambiente regulado ou mercado cativo, é aquele em que eu e você estamos: não compramos energia, pagamos uma tarifa por ela, ou seja, não podemos negociar preço, entrega, não negociamos nada. O governo decide por nós, ele que faz o leilão da energia que as distribuidoras irão comprar e distribuir para as pessoas.

Já no ambiente livre ou mercado livre, e hoje ele serve apenas pessoas jurídicas, se negocia a compra de energia diretamente com o vendedor, e nessa compra vários fatores são negociados, por exemplo, quantidade de energia, entrega e preço.

Para estar nesse mercado livre é necessário preencher alguns requisitos, entre eles, ser consumidor classificado no grupo “A” (estar conectado em média ou alta tensão) e ter uma demanda contratada de 500 kW. Essas informações podem ser obtidas diretamente na conta de luz enviada pela distribuidora. Caso esses requisitos não estejam presentes, não necessariamente se descarta a possibilidade de migração ao mercado livre, pois em muitos casos algumas adaptações podem ser feitas para se alcançar as condições necessárias.

Passada a barreira técnica, o segundo passo de uma migração ao mercado livre é efetuar uma análise de viabilidade econômica. Esta análise trará ao consumidor informações sobre qual será sua economia no mercado livre em comparação ao mercado cativo. Geralmente estes patamares giram em torno de 15% a 30%, sendo que um valor abaixo de 15% merece mais atenção na tomada de decisão da migração ao mercado livre.

Após os requisitos técnicos e viabilidade econômica alcançados, se inicia a etapa de negociação com a gestora no mercado livre – não que seja obrigatório ter uma gestora, mas é essencial estar por dentro de todos as nuances desse mercado, e com certeza vale muito a pena contratar uma empresa especializada para fazer a gestão de todo o trabalho necessário. Inclusive, esse valor de contratação deve ser levado em conta no estudo de viabilidade econômica.

Existem hoje no mercado diversas gestoras, o que possibilita ao consumidor um leque de ofertas e oportunidades.

Nessas etapas, as barreiras da desconfiança e do desconhecimento vão se rompendo. A gestora deve fazer um trabalho inicial de tirar todas as dúvidas do consumidor, das mais simples às mais complexas.

Uma dúvida, por exemplo, que sempre surge, é sobre quem vai entregar a energia, afinal o consumidor vai passar a comprar sua própria energia. A gestora cuidará de toda a compra de energia para o consumidor, apresentando várias propostas de preços e decidindo em conjunto qual a melhor oferta a ser aceita. Então, o vendedor da energia será o responsável por injetar na rede elétrica a energia contratada (diretamente ou por terceiros), e o consumidor receberá a energia da mesma forma que já recebe hoje, ou seja, pelo sistema de distribuição local.

Assim, o consumidor continuará se relacionando com a distribuidora local, pois continuará pagando o “aluguel” do fio, por meio de um contrato chamado Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD. Então, toda a energia contratada no mercado livre continuará chegando pela mesma rede de distribuição que já era utilizada antes. Cabe colocar que se a empresa está na média ou alta tensão no mercado cativo, ela já tem um CUSD com a distribuidora.

Ultrapassadas todas as barreiras, chegou a hora de usufruir de todos os benefícios que o mercado livre traz, entre eles, previsibilidade de custos, flexibilidade de negociação, ter a escolha de comprar toda a energia necessária de fontes limpas e, principalmente, economia.

Então, vale muito a pena sim migrar para o mercado livre, mas desde que essa migração seja feita de forma profissional e com conhecimento. É necessário buscar várias informações e realizar estudos que correspondam à realidade de cada consumidor e quebrar todas as barreiras que os mantêm desperdiçando recursos. Com isso, o consumidor com toda certeza não se arrependerá em nenhum momento de ter trocado do ambiente cativo pelo ambiente livre de energia elétrica.

Marcelo Gregol – Sócio da Dínamo Energia

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Energia Limpa, Energia Livre: a união entre sustentabilidade, liberdade e economia

06/07/2020

Quando a esmola é muita, o Santo desconfia”, já dizia meu avô. Essa também é a primeira reação de muitos dirigentes calejados ao descobrirem o Mercado Livre de Energia, quando normalmente lhes são prometidas economia de até 30% com a compra desse insumo e previsibilidade de fluxo de caixa no longo prazo. “OK, qual a pegadinha? Se é tão vantajoso, como nunca ouvi falar?”.

Para a incredulidade se instalar definitivamente, bastaria o interlocutor usar o chavão: “E isso não é tudo! Você ainda pode receber uma energia limpa, renovável e sustentável!!!”.

Então nos sobra a tarefa, por vezes árdua em um país no qual o empresariado precisa lidar com tantas dificuldades, de desmistificar o assunto e demonstrar que, com análise, planejamento e transparência, não há armadilhas – é ver pra crer! Explicamos:

No Brasil, as Distribuidoras de energia elétrica (como a Enel em alguns Estados, a Ampla no RJ, a Coelba na BA, etc.) detêm monopólio natural sobre a entrega física da energia (transporte) aos consumidores localizados em sua área.

Mas, sobre a venda do produto, esse monopólio é parcial: desde 1995, a Lei nº 9.074 passou a permitir que os consumidores de grandes volumes de energia, que atendam requisitos técnicos mínimos, pudessem se tornar “livres”, ou seja, encerrar sua relação de compra exclusiva e compulsória com Distribuidora local e passassem a ter o direito de escolher seus vendedores, celebrando livremente contratos de compra diretamente com geradores.

Essa liberdade de contratação, a preços definidos por leis de mercado (no lugar de política centralizada de tarifação), propicia naturalmente um ganho de eficiência que se reflete em preços menores (daí a reduçãode custo).

Enquanto no chamado “mercado cativo” (onde o consumidor está ‘preso’ à Distribuidora local) a energia tem sua tarifa reajustada anualmente pelo governo, sem a possibilidade de negociação, no mercado livre é possível celebrar contratos de longo prazo (5 anos, por exemplo), bem como ajustá-los para adequação ao consumo (o que garante previsibilidade do fluxo de caixa).

Por fim, as distribuidoras de energia são obrigadas a comprar em leilões, resultando em um portfólio de geração a partir de fontes diversificadas, como carvão, óleo diesel, gás, biomassa, urânio enriquecido (térmicas), água (hidrelétricas), vento (eólicas) e radiação solar (térmicas e fotovoltaicas). No entanto, aqueles que atuam no mercado livre podem selecionar seus fornecedores, celebrando contratos de compra apenas com usinas que usem combustíveis de fontes renováveis e limpas.

Assim, nos últimos 24 anos esse mercado vem crescendo e amadurecendo, ganhando cada vez mais participantes, tanto pelo aumento no investimento em geração, quanto pela redução dos requisitos técnicos para que os consumidores possam se tornar livres e também pela proliferação de “comercializadores” responsáveis por unir as duas pontas da cadeia e prestar diversos tipos de serviços.

Atualmente, os participantes do mercado livre já somam mais de 7.500 agentes, dos quais mais de 6 mil são empresas consumidoras de todos os setores produtivos, com mais de 13 mil instalações físicas participantes. A energia transacionada nesse ambiente representa 32% do total no Brasil, resultando em uma economia acumulada de R$ 83 bilhões entre 2003 e 2017 (fonte).

Tradicionalmente, os principais atrativos buscados pelos consumidores que exercem seu direito de migrar do mercado cativo para o livre são a redução na conta de luz (de 10% até 30%) e a previsibilidade desse custo, como já exposto. Mas com a pauta da sustentabilidade ganhando cada vez mais espaço (desde o aumento do consumo de alimentos orgânicos até a preocupação com energia limpa, passando pelos carros elétricos e eficiência energética), começa a crescer a quantidade de empresas interessadas também em participar da onda verde, seja por convicção, seja pelo marketing para acessar o nicho.

O contrapeso de tantos benefícios está na complexidade normativa do setor de energia, amplificada quando se trata de ambiente livre: os consumidores livres estão sujeitos a muitas obrigações técnicas e regulatórias que exigem conhecimento especializado. Felizmente, com um mercado já maduro, os interessados não precisam arcar com custos trabalhistas e incrementar seus departamentos para fazer frente a essas obrigações, tendo a opção de contratar empresas especializadas na prestação desses serviços.

Os próprios requisitos técnicos mínimos para migração, relacionados ao porte do consumidor (por exemplo, deve existir cabine própria com transformador para receber energia da rede, enquadrando-se no chamado “Grupo A”), são identificáveis na ‘conta de luz’ e podem ser comparados com outros dados, obtendo-se  um estudo de viabilidade realizado por quem atua no ramo, mas que não são triviais para o público em geral.

Encerrando onde começamos, o milagre está contado e os fatos são verificáveis junto aos entes governamentais (MME,ANEEL e CCEE). Agora resta ao empreendedor que não quer ficar pra trás, tanto da concorrência quanto de seu tempo, agir para potencializar seu negócio.

João Bortotti – Sócio da Dínamo Energia